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Sobre a solidão materna

Atualizado: 27 de jun.




Quem nunca ouviu falar sobre a solidão materna provavelmente não foi mãe ainda ou não tem contato com mães, porque a maioria esmagadora das mães relatam terem sentido uma espécie de solidão assim que se tornaram mães.


Inclusive, desde que comecei a falar sobre maternidade lá no meu perfil do Instagram tenho recebido inúmeras mensagens de mães relatando esses sentimentos.


A frase mais comum é “eu chorei dia e noite nos primeiros dias, mas não podia contar para ninguém, pois me achariam uma péssima mãe”.

Como assim uma mãe que acabou de ter um filho tão esperado, tão desejado, não para de chorar?


Esse é o pensamento mais cruel que as mães puérperas carregam dentro de si sozinhas. Essa é uma combinação tanto do julgamento que ela ouve de terceiros e também de sua própria exigência consigo mesma.


Essa carga, minhas amigas, é pesadíssima!!! E a notícia é: a maioria das mulheres sentem isso ao se tornarem mães. Não é contraditório? Algo que é comum de acontecer ser tão mal compreendido pela sociedade?!


Nessa grande incompreensão, da sociedade e da própria mulher, são elas que “pagam o pato”. Experimentam uma ampliação de seu sofrimento: sofre porque o puerpério não é moleza, sofre porque se cobra em excesso e sofre por achar que tem que aguentar tudo isso calada e sozinha.


Das coisas que tenho escutado das mães, o que mais me chama atenção é isso: “tenho vergonha e medo de falar o que sinto, pois vão me achar doida e incapaz de cuidar do meu filho”.


Meu recado é para você que está passando por isso. Lembre-se que esse é um momento de muita fragilidade e que sim, provavelmente você se sentirá estranha, inadequada, confusa, cheia de caraminholas na cabeça, mas que isso faz parte desse processo.


E se essas coisas te perturbam a ponto de você sofrer, não exite em buscar ajuda. Muitas vezes falar com amigos e familiares já é o suficiente para conseguir passar por esse momentos de forma mais leve, mas nem sempre é, e nesse caso, saiba que existem profissionais capazes de acolher seu sofrimento sem te julgar.


Essa é a parte mais importante de se abrir com alguém: que você possa fazer isso e se sentir leve e livre de julgamentos. Se rolar julgamentos, já sabe, né?! Caia fora!

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