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Quero iniciar uma análise, e agora?

Foto do escritor: marianameirelesmarianameireles

Começar uma análise não é nada fácil, eu sei. Existem vários obstáculos iniciais: deparar-se com o próprio sofrimento, entender que esse sofrimento precisa de alguma solução, tentar solucionar o sofrimento sozinho e quando não for possível sozinho: buscar ajuda profissional.



Depois vem outros obstáculos: a quem me dirijo para buscar uma solução para meu sofrimento? Psiquiatra? Psicólogo? Psicanalista? “São muitos psis” dirão os que nunca tiveram contato com um processo terapêutico.



Sim, a busca pela solução do sofrimento envolve também a busca por alguém em quem você depositará uma confiança. Alguém que para você não será mais um qualquer, mas aquele por quem você desenvolverá um apreço, terá certa facilidade para falar de seus medos, sua angústias, suas questões mais profundas. A esse processo denominamos, na psicanálise, transferência. Claro, estou simplificando muito o conceito, mas minha ideia é essa mesmo, te falar de forma simples de uma etapa inicial e crucial para que uma análise aconteça.



Esse movimento, o da transferência, é essencial para que alguém inicie uma análise. Sem isso não há análise!





E quando você vai a um psicanalista e não rola transferência? Costumo ser muito franca com os que me buscam para uma análise: vamos ver se vai rolar, se não rolar, vá tranquilo e busque em outro esse laço transferencial.



Falar das nossas dores e das coisas que consideramos mais repugnantes de nós mesmos é essencial para que um processo analítico aconteça, e isso só é possível se sentimos, na relação transferencial, que o que será dito será acolhido, que não haverá julgamento, que é possível falar livremente e isso não resultar em um cerceamento.


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Mariana Meireles - Psicóloga e Psicanalista em Vitória ES

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